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quarta-feira, 1 de junho de 2011

SANTÍSSIMA TRINDADE, MODELO DE COMUNHÃO

            Quando se fala na Santíssima Trindade se pensa logo na “comunhão perfeita”, e que nós todos somos chamados a comunhão com todos e com Deus, pois é Jesus mesmo que pede quando diz “... que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós ...” (Jo 17,21). Mas como se faz comunhão?
            A comunhão só existe quando temos algo em comum com o outro. Portanto “estar juntos” é diferente de “estar em comunhão”. Para se estar juntos é necessário apenas que duas ou mais pessoas estejam em um determinado lugar; para se estar em comunhão é necessário duas ou mais pessoas terem algo em comum, não necessitando nem estarem juntas, eu estou em comunhão com o Papa quando luto pela Igreja e pelo Reino de Deus, mesmo se estamos muito longe um do outro. Quanto mais coisa eu tenho em comum com o outro, maior é a nossa comunhão.
            Na Trindade Santa, o Pai gera o Filho e ao gerar o Filho lhe dá tudo o que é, portanto o Filho é um com o Pai (Jo 10, 30). Dessa relação de doação mútua, que poderemos chamar de amor, procede uma terceira Pessoa, o Espírito Santo, com a mesma substância do Pai e do Filho. Se as Pessoas da Trindade tem tudo em comum, então a comunhão entre elas é total e plena, é perfeita.
            Dessa comunhão perfeita podemos concluir que as três Pessoas da Trindade agem sempre juntas: quando o Pai cria a humanidade, o faz com o Filho e o Espírito Santo; quando o Filho salva a humanidade, ele o faz enviado pelo Pai na força do Espírito Santo e quando o Espírito Santo santifica a humanidade, ele o faz com o Pai e o Filho. Falar o contrário é ir contra o que nos ensina a Santa Mãe Igreja.
            Portanto se queremos fazer comunhão em nossa comunidade e em nossa família, precisamos começar a ter algo em comum com os outros. Quando um membro da família se interessa pelo que o outro faz, se começa a fazer comunhão, a construir uma união de fato. Muitas famílias se unem quando um membro fica doente. Todos passam a ter aquela doença como ponto comum, ponto de unidade. Quando os filhos tem o Pai e/ou a mãe como ponto comum entre eles, a família permanece unida, mas quando ambos partem para a casa do Pai, muitas família se desintegram, cada um vai para o seu lado.
            Na comunidade acontece a mesma coisa, quando os membros da comunidade tem como ponto comum o anúncio de Jesus na comunidade , todos se mantêm unidos, mas quando cada um pensa apenas  na sua pastoral ou movimento, tudo começa a se deteriorar, não há comunidade que resista ao egoísmo.
            A comunhão se faz quando temos ao menos uma coisa em comum. O que eu tenho em comum com a minha família? Qual é o ponto comum em minha comunidade, em minha paróquia.

Fiquem com Deus

Pe. Edivaldo M. Machado

“... que todos sejam um (...) para que o mundo creia que Tu me enviaste” (Jo 17,21)

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